por Olímpia Mairos, in RR
Problema demográfico que atinge o país assume relevo especial em concelhos do interior, como Alfândega da Fé, onde esta sexta-feira se debatem questões relacionadas com natalidade e conciliação.
As questões relacionadas com a natalidade e conciliação vão estar em debate, esta sexta-feira, em Alfândega da Fé, numa iniciativa do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas que está a promover, por todo o país, reuniões de trabalho com instituições, autarquias e outras entidades, no sentido “de recolher informação, opiniões e propostas para posteriormente fazer a síntese e apresentar soluções”.
O diagnóstico há muito que está feito. O problema demográfico que atinge o país assume, no entanto, relevo especial em concelhos do interior, como Alfândega da Fé, onde se assiste ao agravar da tendência de envelhecimento da população e da diminuição da natalidade.
“Esta tendência já vem de há umas décadas, mas, neste momento, está a atingir um ponto crítico, porque estamos a ter uma maior emigração, principalmente de jovens”, diz à Renascença a presidente da autarquia, Berta Nunes.
“Se não temos jovens, não temos casais jovens e não temos crianças”, acrescenta a autarca, salientando que o seu concelho apresenta um “envelhecimento muito acentuado e uma diminuição de natalidade e de crianças e jovens em idade escolar”.
A autarca refere que não bastam os apoios concedidos pela autarquia para reverter esta situação e defende medidas de âmbito nacional para conseguir fixar populações e incentivar a natalidade.
“No interior, as medidas terão que ser diferentes das do litoral, mas terão que ser medidas que ajudem a fixar casais jovens e a criar emprego”, defende Berta Nunes, acrescentando que “se os casais jovens tiverem incentivos e emprego, terão filhos e a natalidade aumenta”.