23.5.14

CASES e Optimus Alive incentivam jovens a criar projetos na economia social

in Notícias ao Minuto

A Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) e o Optimus Alive juntaram-se para apoiar projetos inovadores de jovens relacionados com bens e serviços para suprimir as necessidades da sociedade, revelou uma responsável da instituição.

"Pretendemos mostrar que a economia social é um caminho viável para a criação do próprio emprego e fomentar a criação de novas entidades" neste setor, explicou à agência Lusa a vice-presidente da CASES, Carla Pinto.

Com esta iniciativa, chamada de ES Jovem, os dois parceiros querem "apoiar os jovens no processo através da disponibilização de ferramentas específicas para o desenvolvimento de projetos na economia social", nomeadamente no que respeita à sua viabilidade, acrescentou.

E cita o provérbio "não lhe dês o peixe, oferecer-lhe a cana e ensina-o a pescar" para exemplificar "aquilo que move" o concurso hoje lançado.

Com o tema "vem ver o que a economia social e a música juntas podem fazer por ti", a iniciativa destina-se a jovens entre os 18 e os 35 anos, que têm de formar uma organização de economia social, uma cooperativa, uma associação ou uma mutualidade, "o que melhor servir os seus propósitos", e apresentar as candidaturas entre 01 e 30 de junho.

Os três projetos selecionados para receber a bolsa de cinco mil euros cada serão anunciados no decorrer do Optimus Alive.

Estas bolsas pretendem apoiar os três projetos inovadores "desde a fase da ideia até à implementação no terreno, e vamos prestar apoio técnico necessário para capacitar os jovens e garantir o sucesso destes projetos", salientou Carla Pinto.

No recinto do festival vai ser instalado um espaço onde será dado apoio técnico aos jovens e informação acerca do que é a economia social e de como podem viabilizar o seu projeto.

Carla Pinto referiu que a economia social tem "uma vertente de mercado e outra de não mercado, é um conjunto de bens e serviços que visam suprir as necessidades da sociedade".

"Quer dizer que não existe um compartimento estanque de atividades ou serviços que a economia social fornece e tanto pode ser na área iminentemente social ou solidária, como uma creche ou um lar, como pode ser na área agrícola, transportes, cultura ou saúde", especificou.

Segundo a responsável, a economia social está muito presente em Portugal e integra 55 mil entidades, contribuiu para a criação de 227 mil postos de trabalho, ou 5,5% do emprego remunerado.