Texto de Ana Maria Henriques, in Público on-line (P3)
Três estudantes de Medicina da Universidade do Minho vão passar um mês na ilha de São Tomé, num projecto de voluntariado na área da saúde. Partem a 21 de Junho e aceitam donativos
Carina Ramos, Ana Raquel Santos e Vítor Pedrosa, estudantes do 4.º ano de Medicina da Universidade do Minho, partem para São Tomé e Príncipe a 21 de Junho, para fazerem voluntariado numa pequena cidade deste país. Os estudantes criaram o projecto Chymia, palavra que, “em crioulo são-tomense, significa semear, plantar”, explica Carina ao P3.
Conta a universitária de 23 anos que a escolha de São Tomé e Príncipe — nomeadamente a cidade das Neves, a Norte da ilha de São Tomé — se prendeu com o facto de este ser “um país muito pobre e normalmente negligenciado pelas ONG”. A questão da língua também teve influência, claro, por “permitir uma maior aproximação à população”.
A iniciativa surgiu a partir de uma disciplina do curso que os jovens frequentam, na qual têm de “desenvolver um projecto ligado à área da saúde”. Uma vez que os três tinham vontade de fazer voluntariado internacional, decidiram, em Junho de 2013, pensar seriamente no assunto. O primeiro passo foi decidir o local, seguido da aprovação da universidade, da recolha de materiais e tratamento de burocracia.
Em São Tomé, durante cerca de um mês, Carina e os colegas têm quatro objectivos: “prestação de cuidados de saúde no centro de saúde da região, requalificação do pessoal médico com a passagem de algum conhecimento da nossa parte, sensibilização da população em áreas como a higiene oral e a saúde materno-infantil e distribuição dos bens já recolhidos”.
As despesas de viagem ficaram a cargo dos jovens, que trabalharam durante as férias de Verão de 2013 para conseguirem o dinheiro. Em São Tomé, associaram-se a uma congregação de irmãs hospitaleiras, com a qual vão ficar hospedados.
Para o arquipélago já seguiu um contentor com doações, sobretudo material médico, mas o projecto Chymia está, ainda, a recolher roupa, livros, bens alimentares e medicação, até 19 de Junho. Na página de Facebook que criaram, é possível conhecer o material que necessitam e formas de ajudar.