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Centro de acolhimento acolhe actualmente 14 crianças
O centro para crianças refugiadas da Bela Vista, em Lisboa, que actualmente acolhe 14 crianças com idades entre os oito e os 17 anos está em risco de fechar. Para se manter no activo, o centro de acolhimento necessita de um subsídio no valor de 100 mil euros que terá de ser aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa e ao qual o Conselho Português para os Refugiados (CPR) se candidatou.
"Só temos dinheiro para manter o centro até ao fim de Junho", confirmou ao Expresso Diário a presidente do CPR, Teresa Tito de Morais.
As crianças do centro chegaram sozinhas a Portugal e, caso o centro de acolhimento da Bela Vista feche, as crianças serão levadas para o Centro de Acolhimento de Refugiados na Bobadela que se encontra lotado.
"Estas crianças são muito frágeis, entram em Portugal fugidas de situações traumáticas, de guerra generalizada, de casas destruídas, até ao dia em que conhecem um homem branco, que lhes dá um passaporte e os traz para a Europa mediante o pagamento da família", acrescenta Teresa Tito de Morais à publicação.
À Antena 1, Teresa Tito de Morais explica: “Estamos de novo a enfrentar uma situação complicada, uma vez que temos falta de confirmação da aprovação de um projecto importante para a manutenção do centro que provinha da câmara. Os recursos disponíveis para a manutenção do centro têm sido provenientes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, do Ministério da Administração Interna e deste fundo do município de Lisboa e neste momento ainda há uma indefinição relativamente à concretização da aprovação deste programa.”
Entre as 14 crianças do centro encontra-se o jovem afegão Farid, campeão nacional de boxe e recentemente condecorado no parlamento.
O subsídio de 100 mil euros é necessário para cobrir despesas relacionadas com a manutenção e com os salários das educadoras que acompanham as crianças.