Inês, Schreck, in Jornal de Notícias
O Rendimento Social de Inserção (R.S.I) “é uma medida generosíssima, mas este “Governo só a mantém porque a União Europeia não deixa acabar com ela”, acusou o economista Carlos Farinhz Rodrigues, na conferência Rendimento mínimo adequado: construção de consensos”, promovida pela Rede Europeia Anti-Pobreza. As alterações introduzidas ao RSI nos últimos anos mereceram duras criticas. Farinha Rodrigues realçou que “até 20100 RSI foi uma medida extremamente eficiente” a combater a pobreza extrema. Desde então, com novas regras de elegibilidade e muita burocracia, foram excluidos milhares de beneficiários. E “aquilo que este Governo ganhou foi microssulfato pó de espirro, ou seja, nada”. O docente do ISEG sublinhou que a “tragédia social que se abateu sobre o país nos últimos três anos é de tal forma grave” que não chegarão três anos para a reverter. A comprová-lo alguns utentes de bairros do Porto, que deixaram de receber os 178,15 euros «e RSI por força das dificuldades impostas, falaram do desespero em que vivem, da miséria e da fome. “Estamos no colapso, no limite”, avisou António Pinto, assistente social da Junta de Freguesia de Campanhipão.