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MEC não discrimina
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) garantiu ontem ao i estar atento ao caso da escola de Tomar que decidiu criar uma turma exclusiva para repetentes ciganos. Apesar de reconhecer a autonomia da escola quanto à possível integração dos alunos ciganos noutras turmas, o ministério liderado por Nuno Crato deixa um aviso: “O MEC não identifica ou discrimina os alunos com base em etnia ou religião.”
O caso
A escola dos Templários, em Tomar decidiu criar uma turma exclusiva para ciganos repetentes. O director do agrupamento de escolas a que pertence a dos Templários, Carlos Ribeiro, justifica que a medida tem como objectivo um acompanhamento mais personalizado destes alunos, uma vez que se trata de uma turma de apenas 12 crianças. E adiantou ter recebido o “ok” da tutela: “Esta turma foi validada pelo Ministério.” Na mesma reportagem, publicada sexta-feira, o i deu a conhecer a posição da comunidade cigana, que diz não entender a opção. Alunos e pais ouvidos pelo i consideram que a separação nas aulas põe em causa a integração dos alunos ciganos.
Esclarecimentos
Na sequência da reportagem do i, a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial já informou ter pedido formalmente esclarecimentos ao Agrupamento de Escolas de Tomar.