22.9.14

"Os espaços públicos deviam ser livres para a intervenção"

Texto de Miguel Januário, in Público on-line (P3)

No dia em que o P3 comemora três anos pedimos a algumas pessoas que fossem o génio da lâmpada e apresentassem desejos de futuro. Miguel ±MAISMENOS± Januário já fez o funeral de Portugal, mas ainda acredita num "espaço público mais rico"

Os meus desejos são simples, mas acredito que possam ser pertinentes para uma mudança de mentalidades, para uma evolução social e do conhecimento, direccionando a sociedade para o esclarecimento, inter-relacionando-se entre si.

Se todos os espaços abandonados e suportes publicitários das cidades servissem livremente para a intervenção, teriamos uma maior informação, mais conhecimento vindo de fontes livres, desligada de intenções corporativas e/ou interesses económicos e políticos, como acontece com os media.

Se a população fosse, nesse sentido, mais activa, seria mais informada no todo, o espaço público mais rico, com mais diálogo e opinião, ao serviço e à disposição de todos, servindo a população.

O espaço público, livre da exclusividade da publicidade e interesses privados, preenchido de ideias, de projectos sociais e de manifestações artísticas iria enriquecer os indivíduos e, à disposição de todos, funcionaria como um motor para uma sociedade mais educada e aberta, mais livre e justa.