12.9.14

UMinho ajuda na educação de crianças em zonas de conflito

in Diário do Minho

O Instituto de Educação da Universidade do Minho vai participar na «definição e implementação» de políticas e práticas educativas em países em conflito ou «crise crónica», através da Rede Interinstitucional para a Educação em Situações de Emergência (INEE).

Em comunicado enviado à agência Lusa, a academia minhota anunciou ter sido selecionada, «entre diversas candidaturas internacionais», para integrar o Grupo de Trabalho em Educação e Fragilidade daquela rede mundial, que engloba instituições como a UNESCO, UNICEF, Banco Mundial, entre outras.

A INEE é uma rede informal com mais de 10.000 membros em 170 países, que visa assegurar o direito de todas as pessoas à educação de qualidade, em particular nos contextos de emergência ou fragilidade.

«O objetivo é participar nos próximos três anos na definição e implementação de políticas e práticas educativas de qualidade em países com contextos de fragilidade, afetados por conflitos ou em crise crónica, como Palestina, Síria, Mali, Chade e Timor-Leste», explica o texto.
Para o presidente do Instituto de Educação da UMinho, José Augusto Pacheco, «esta parceria é uma oportunidade para desenvolver projetos em contextos de emergência ou fragilidade e atuar com agências internacionais e outros agentes que intervêm ao mais alto nível na agenda humanitária».

Segundo o comunicado, «a UMinho tem vindo a trabalhar em articulação com a INEE» e o objetivo da instituição é «ter uma voz ativa neste âmbito», pelo que pondera «envolver os alunos em projetos de voluntariado internacional, favorecendo a sua formação pessoal e o espírito crítico e cívico».

O primeiro encontro do Grupo é de 29 de setembro a 2 de outubro em Doha, no Qatar, contando com o coordenador do novo Centro de Recursos para a Cooperação e Desenvolvimento da UMinho, Júlio Santos.

As ações da INEE «passam por fomentar o trabalho colaborativo entre os parceiros locais e internacionais, criar ferramentas e recursos para quem trabalha e investiga promover a qualidade, reflexão e sistematização das práticas educativas». A Rede é coordenada por elementos do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, da UNESCO, da UNICEF, do Banco Mundial, da ChildFund International, da Save the Children Alliance, do Refugee Education Trust, do International Rescue Comittee, do Open Society Institute e da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional.
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