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“A cobertura social dos cidadãos é uma das funções do Estado, e renunciá-la é ameaçar a própria existência do Estado” disse o líder russo
O presidente russo, Vladimir Putin defendeu hoje que a atual crise na União Europeia se deve a benefícios sociais excessivos em alguns países europeus, que "vivem acima das possibilidades".
Numa entrevista publicada pela agência RIA Novosti, Putin referiu-se às causas da crise económica na UE, dizendo que “muitos países europeus se têm desenvolvido do apoio social” e que “muitas vezes estar desempregado é mais rentável do que trabalhar”, situação que “ameaça não só a economia, mas também os fundamentos morais da sociedade".
Putin disse que “não é segredo que muitos cidadãos de outros países menos desenvolvidos vão para a Europa para usufruir dos benefícios sociais.”
“Ineficácia é a palavra-chave”, referiu o presidente russo, acrescentando que as consequências que atingiram a Europa se devem ao facto dos países “viverem acima das possibilidades, perderem controlo sobre a saúde da economia e dos desvios estruturais.”
Ao mesmo tempo, Putin defendeu o modelo europeu de Estado Social e negou que os países da UE devam escolher entre seu modelo atual do compromisso para a competitividade económica em detrimento dos aspetos sociais.
“A cobertura social dos cidadãos é uma das funções do Estado, e renunciá-la é ameaçar a própria existência do Estado” disse o líder russo.
Putin acredita que “é muito cedo para enterrar o modelo social europeu”, apesar “dos principais países líderes europeus levarem a cabo reformas estruturais para aumentar a competitividade das suas economias”.