por Marina Pimentel, in RR
Analistas consideram que a austeridade tem sido mais prejudicial para a economias do que as estimativas iniciais sugeriam. Segundo o relatório de Verão da consultora Ernst & Young, a quebra nas exportações explicam a quebra no crescimento.
A recessão na Zona Euro vai ser este ano maior do que o previsto, revela um estudo da Ernst & Young. A consultora diz que o desemprego vai agravar-se na Europa e conclui que a austeridade foi mais prejudicial para a economia do que o previsto.
É o efeito da quebra nas exportações, resultante em boa parte do arrefecimento dos mercados emergentes, como a China e o Brasil. Estes dois países são mercados-chave para as exportações da Zona Euro e são motores do crescimento global.
Na origem do agravamento da situação económica na Zona Euro, segundo o relatório de Verão, há um segundo factor: o desemprego. Neste momento o número de trabalhadores sem emprego já é de 20 milhões e meio de pessoas. No primeiro trimestre de 2014, a percentagem de desemprego no conjunto dos países do euro será de 12,7%.
Segundo os analistas autores do estudo, este agravamento do desemprego reflecte a fragilidade do ambiente económico externo e o facto de a austeridade ter sido mais prejudicial para a economias do que as estimativas iniciais sugeriam.
A fraqueza do mercado laboral irá reduzir o rendimento familiar e em consequência o consumo ao longo dos próximos três anos.
O consumo privado deve sofrer este ano uma nova contracção, no próximo ano um ligeiro crescimento de 0,5% e em 2015 um modesto 1%.
Ainda assim, este cenário podia mudar. Segundo os autores do estudo, o PIB da Zona Euro poderia crescer 0,7% se as medidas de austeridade fossem reduzidas para metade.