in DN
Um estudante disse que os alunos se encontram descontentes pela "posição neutra" que a reitoria está a tomar perante a situação e querem que seja feita alguma coisa relativamente ao docente em questão.Um grupo de estudantes da Universidade de Aveiro (UA) está a preparar uma ação para protestar contra o comportamento de um professor daquela instituição que dizem ter um discurso de "ódio" e "discriminação".
Em causa está uma publicação que o docente fez na sua página da rede social Facebook onde critica abertamente a comunidade LGBTQIA+, a propósito de uma campanha publicitária que dá a conhecer os vários termos relacionados com esta comunidade como "gay", "lésbica", "queer" ou "não binária".
"Acho que estamos a precisar urgentemente duma 'inquisição' que limpe este lixo humano (...) todo!", escreveu o docente, considerando que este ato publicitário "é uma agressão e merecia umas valentes pedradas nas vitrinas só para aprenderem".
Esta publicação junta-se a outras que o docente fez em 2021, onde terá feito comentários depreciativos com teor racista, homofóbico e contra as medidas decretadas pelo Governo para combater a pandemia provocada pela covid-19.
Na altura, o reitor da UA ordenou a abertura de um inquérito ao docente do departamento de física, devido à publicação nas redes sociais de mensagens com teor "discriminatório" com as quais a instituição "não pactua".
Desagradados com esta situação, vários alunos criaram um grupo na rede social Facebook que já conta com mais de 700 membros.
Em declarações à Lusa, um estudante disse que os alunos encontram-se descontentes pela "posição neutra" que a reitoria está a tomar perante a situação e querem que seja feita alguma coisa relativamente ao docente em questão.
"Este comportamento vem a acontecer desde o ano passado, altura em que se abriu um inquérito, mas que até hoje nada foi feito", afirmou o estudante universitário.
A Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) também já manifestou o seu "total repúdio à conduta pessoal" do docente considerando que a mesma, ainda que exterior ao ambiente académico, "não deixa de afetar" os estudantes desta academia.
"A AAUAv não pode tolerar qualquer tipo de discurso de ódio ou de discriminação e muito menos de incitação à violência", referem os representantes dos estudantes que dizem que têm vindo a trabalhar conjuntamente com a Reitoria, no sentido de tomar "todas as diligências possíveis e resolver de vez a situação que há muito se tem arrastado".
Após a denúncia da situação, a Reitoria difundiu um comunicado dirigido aos membros da comunidade académica, onde defende a liberdade de expressão e de opinião, consagrada na Constituição da República Portuguesa, reconhecendo a separação das esferas pessoal e profissional.
"Ciente, porém, da importância que um ambiente de respeito e confiança tem para o bom funcionamento da Instituição, a Universidade saberá avaliar quaisquer condutas que possam interferir com esses últimos valores e propósitos e que se repercutam negativamente na imagem da instituição - e atuará em conformidade, com rapidez e firmeza", diz a Reitoria.
A mesma nota refere que atualmente convivem na UA espaço pessoas de "mais de 90 diferentes nacionalidades", não sendo por isso de tolerar "discursos de ódio, de discriminação ou de incitação à violência, qualquer que seja a sua natureza, origem ou contexto".
Em causa está uma publicação que o docente fez na sua página da rede social Facebook onde critica abertamente a comunidade LGBTQIA+, a propósito de uma campanha publicitária que dá a conhecer os vários termos relacionados com esta comunidade como "gay", "lésbica", "queer" ou "não binária".
"Acho que estamos a precisar urgentemente duma 'inquisição' que limpe este lixo humano (...) todo!", escreveu o docente, considerando que este ato publicitário "é uma agressão e merecia umas valentes pedradas nas vitrinas só para aprenderem".
Esta publicação junta-se a outras que o docente fez em 2021, onde terá feito comentários depreciativos com teor racista, homofóbico e contra as medidas decretadas pelo Governo para combater a pandemia provocada pela covid-19.
Na altura, o reitor da UA ordenou a abertura de um inquérito ao docente do departamento de física, devido à publicação nas redes sociais de mensagens com teor "discriminatório" com as quais a instituição "não pactua".
Desagradados com esta situação, vários alunos criaram um grupo na rede social Facebook que já conta com mais de 700 membros.
Em declarações à Lusa, um estudante disse que os alunos encontram-se descontentes pela "posição neutra" que a reitoria está a tomar perante a situação e querem que seja feita alguma coisa relativamente ao docente em questão.
"Este comportamento vem a acontecer desde o ano passado, altura em que se abriu um inquérito, mas que até hoje nada foi feito", afirmou o estudante universitário.
A Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) também já manifestou o seu "total repúdio à conduta pessoal" do docente considerando que a mesma, ainda que exterior ao ambiente académico, "não deixa de afetar" os estudantes desta academia.
"A AAUAv não pode tolerar qualquer tipo de discurso de ódio ou de discriminação e muito menos de incitação à violência", referem os representantes dos estudantes que dizem que têm vindo a trabalhar conjuntamente com a Reitoria, no sentido de tomar "todas as diligências possíveis e resolver de vez a situação que há muito se tem arrastado".
Após a denúncia da situação, a Reitoria difundiu um comunicado dirigido aos membros da comunidade académica, onde defende a liberdade de expressão e de opinião, consagrada na Constituição da República Portuguesa, reconhecendo a separação das esferas pessoal e profissional.
"Ciente, porém, da importância que um ambiente de respeito e confiança tem para o bom funcionamento da Instituição, a Universidade saberá avaliar quaisquer condutas que possam interferir com esses últimos valores e propósitos e que se repercutam negativamente na imagem da instituição - e atuará em conformidade, com rapidez e firmeza", diz a Reitoria.
A mesma nota refere que atualmente convivem na UA espaço pessoas de "mais de 90 diferentes nacionalidades", não sendo por isso de tolerar "discursos de ódio, de discriminação ou de incitação à violência, qualquer que seja a sua natureza, origem ou contexto".