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A Comunidade de Trabalho Galiza -Norte de Portugal começou hoje a definir, em Valença, as prioridades daquela eurorregião para o quadro comunitário de apoio, 2014-2020, prevendo reforçar a cooperação transfronteiriça.
Segundo fonte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a reunião de hoje envolveu as quatro comissões setoriais - de Desenvolvimento Sustentável e Planeamento, Inovação e Eficiência Energética, Desenvolvimento Económico e Turístico e Cidadania - e surge do compromisso assumido em abril pelas duas regiões.
"Dá início à definição de um guião que permitirá ao Governo da Galiza e à CCDR-N começar a estabelecer acordos de cooperação que aproveitem da melhor forma o aumento no financiamento comunitário garantido para o próximo período de programação", explicou a mesma fonte.
O objetivo passa por delinear uma estratégia conjunta de desenvolvimento para a eurorregião, identificando as "principais prioridades" para o próximo período de programação de fundos comunitários, que arranca a 2014.
Em abril deste ano, no final de uma reunião realizada em Santiago de Compostela, o presidente da CCDR-N, José Manuel Duarte Vieira, e o presidente do Governo Regional da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, admitiram apresentar uma candidatura conjunta para gestão do próximo quadro comunitário de apoio.
Garantem assim o previsto incremento de 30 por cento para áreas transfronteiriças europeias e assim aumentar a dotação atual dos projetos daquela eurorregião, que se cifra em 135 milhões de euros.
"Queremos dar um novo impulso à eurorregião através do estreitar de vínculos e demonstrando que continua a ser útil para o desenvolvimento dos dois países, sobretudo pelos momentos de dificuldade que vivem Portugal e Espanha. É uma hipótese histórica que temos para apresentar uma proposta comum para captar fundos comunitários", defendeu na altura o líder galego.
O presidente da CCDR-N explicou que no âmbito desta candidatura conjunta serão "definidos projetos concretos para a economia e para o aumento do emprego nas zonas transfronteiriças".
"Mas preparar em conjunto significa muito, muito trabalho. Não é só procurar novas ideias, mas também novas competências", rematou.