por Lusa, publicado por Graciosa Silva, in Diário de Notícias
A situação de crise originou que, nos últimos tempos, se tenham registado "mais saídas do que entradas" de imigrantes no arquipélago dos Açores, revelou hoje Graça Castanho, diretora regional da Comunidades.
Graça Castanho, que falava aos jornalistas em Ponta Delgada no início de uma reunião do Conselho Consultivo Regional para os Assuntos da Imigração, destacou o aumento do número de regressos de cidadãos brasileiros, sublinhando que o fenómeno surge associado à melhoria das condições económicas naquele país lusófono, de onde é originária a maior comunidade imigrante radicada nos Açores.
A diretora regional das Comunidades admitiu também que, por trabalharem em maior número na construção civil, os imigrantes radicados na região têm sido particularmente atingidos pelo problema do desemprego.
Nesse sentido, salientou que as autoridades regionais têm procurado resolver "as situações mais graves" através de medidas diretas e da atribuição de financiamentos às associações de apoio aos imigrantes.
Graça Castanho revelou que, para promover a empregabilidade dos imigrantes, o executivo açoriano promove em novembro a realização de um curso de formação que visa a criação de microempresas na área do artesanato.
O Conselho Consultivo Regional para os Assuntos da Imigração, composto por representantes do Governo, dos parceiros sociais e de associações de imigrantes, tem por missão colaborar com o executivo na definição e coordenação das políticas de integração social e de combate à exclusão dos imigrantes.
Os dados fornecidos por Graça Castanho indicam que residem atualmente nos Açores cerca de 5.000 imigrantes, de 86 nacionalidades.