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A Casa da Esperança nasce da inquietação do Padre António do Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos empenhado em devolver rapidamente a dignidade a estas pessoas. Teresa Dias Mendes foi conversar com este padre.
Habituado a lidar com casos de rua por causa do álcool e droga, o Padre António percebeu que, no último ano, a realidade colocou na miséria muitas pessoas que ficaram desempregadas e decidiu fazer algo para ajudar. Foi o caso de Tiago, Alexandre e Ana Rita, três inquilinos da Casa da Esperança, estreada este mês.
«Trabalhava, tinha o meu ordenado, tinha uma casita, fiquei desempregado, não tinha dinheiro para a renda e viemos para a rua», diz Alexandre, que até teve de arrumar carros para sobreviver.
O mesmo aconteceu a Tiago: «Tinha o meu trabalho, tinha a minha casa, tinha a minha vida organizada, estabilizada, fui despedido do trabalho, o banco foi-me buscar a casa e o carro e eu tive que me tornar um sem abrigo».