19.9.13

António Cabrera. “Não somos preparados para ler rótulos e conservar alimentos”

Por Diogo Pombo, in iOnline

O que implica comer algo para lá do seu prazo de validade? Primeiro, pode-se tratar de um produto estável e o seu consumo pode não representar perigos para a saúde humana, apesar de as suas propriedades organolépticas diminuírem. No caso de iogurtes, por exemplo, começam também a perder as suas características microbiológicas, não sendo por isso aconselhável que se utilize este tipo de produtos para além do prazo de validade indicado pelo produtor.

Pode existir hoje um excesso de rigidez nas datas estipuladas? O que acontece é cada vez mais os consumidores pedirem que os produtos tenham um prazo de validade mais alargado. E a indústria dispõe de aditivos que podem permitir o alargamento desses prazos e uma melhor conservação do produto.

Mais aditivos não trazem maiores riscos para a saúde? Não, desde que sejam utilizados nas quantidades previstas e aprovadas pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA). Há processos como pasteurizações [utilizado no leite, por exemplo], congelações ou irradiação dos alimentos.

Os portugueses respeitam os prazos ou nem sequer ligam? Não estão muito preparados para ler rótulos ou conservar alimentos. E não são só os portugueses, como também os europeus. Isto é claro, pois muitas vezes compram produtos já muito perto do fim do seu prazo de validade. Seria muito importante apostar na sensibilização dos consumidores.