por Lusa, texto publicado por Paula Mourato, in Diário de Notícias
O porta-voz do PSD afirmou na quinta-feira à noite que os próximos fundos comunitários vão concentrar-se no norte, no centro e no interior do país e não em Lisboa, "como era tradição com o PS".
Num comício de campanha para as eleições autárquicas, num anfiteatro ao ar livre, na Covilhã, Marco António Costa defendeu que o atual executivo PSD/CSD-PP dá "prioridade absoluta" ao interior, com ações concretas, enquanto outros falam, mas nada fizeram para o desenvolver.
O porta-voz do PSD apontou o quadro de fundos comunitários 2013-2020 como "uma oportunidade extraordinária" e "única na história" para o investimento no "desenvolvimento integrado" de Portugal, que "terá disponíveis nos próximos sete anos mais de 20 mil milhões de euros".
"Mas esse dinheiro, que é fundamental para um desenvolvimento harmonioso do país, estará mais de 90% concentrado no norte, no centro, nesta região, e não em Lisboa como era tradição com o PS", afirmou.
Marco António Costa, que passou o dia de quarta-feira no distrito de Castelo Branco, acrescentou que "esta região merecerá atenção especial desse quadro comunitário, porque o Governo de Portugal assim quis, e privilegiou o desenvolvimento destas regiões interiores do país em detrimento das capitais e em detrimento do litoral".
O porta-voz do PSD disse ainda que o dinheiro do próximo quadro comunitário, "contrariamente àquilo que no passado aconteceu com o PS, não será utilizado para construir obras megalómanas, que depois custam também muito dinheiro", mas sim para que "o tecido empresarial se fortaleça, para que haja mais emprego, para que haja mais inclusão social, para que haja mais desenvolvimento social".
Alegando que "há para aí uns políticos que falam do interior, mas quando foram Governo nada fizeram para desenvolver o interior, aquilo que fizeram foi apostar essencialmente no litoral", Marco António Costa concluiu: "Uns falam, os outros fazem. Nós somos dos que fazemos, somos dos que realizamos, somos dos que concretizamos".
Nesta passagem pelo distrito de Castelo Branco, onde o ex-primeiro-ministro, José Sócrates, viveu e iniciou a sua atividade política, o porta-voz do PSD apontou o dedo ao passado, falando em "hecatombe" e "pesadelo coletivo" para descrever a anterior governação socialista.