in Dinheiro Digital
Em declarações à Rádio ONU, em Nova Iorque, Durão Barroso falou hoje da necessidade da vontade política a nível global para erradicar a pobreza extrema. O responsável participa numa reunião de alto nível à margem da Assembleia Geral.
«Em termos relativos, África vai ter uma prioridade em relação a outras regiões do mundo que já atingiram o nível de rendimento médio. (Com a crise) as coisas estão difíceis acho que, se formos justos, verificamos que houve progressos na luta pelos Objectivos do Milénio. Há mais crianças, mais rapazes e raparigas que vão à escola, mais água potável, mais partos assistidos e menos mortes de mães durante o nascimento. Portanto, houve progressos, mas ainda podemos evitar qualquer sentimento de auto-satisfação», explicou.
Barroso disse crer na possibilidade de erradicar a pobreza global, tal como sucedeu com fenómenos como a escravatura, e fez alusão a soluções técnicas e tecnológicas para que sucessos sejam alcançados numa geração.
«Fiz aqui um grande apelo no sentido de responsabilidade e solidariedade globais. Aliás, citei um provérbio africano que diz que uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas. Acho, pois que há aqui um imperativo moral. Para além disso, é também de interesse económico promover o crescimento sustentável. Fiz uma ligação muito clara entre a luta contra a pobreza e a luta pela sustentabilidade, nomeadamente, pelas políticas de ambiente e a luta contra as mudanças climáticas, são duas faces da mesma moeda», disse.
O comissário Europeu apelou para que seja feito «ainda mais para reduzir a pobreza extrema», durante o pronunciamento feito no evento «Em direcção ao alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio».
Segundo destacou, em termos gerais foram mantidos os níveis de compromisso para a ajuda ao desenvolvimento para os próximos sete anos.