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A despesa das famílias portuguesas com o regresso às aulas ultrapassa em média o valor do salário mínimo nacional ao atingir os 525 euros, segundo um estudo que revela mais despesa e preocupações de poupança.
Apesar da diminuição do poder de compra, a factura aumenta. Em 2010, a média foi de 499 euros, no ano passado subiu para 507 euros e agora deverá atingir os 525 euros (mais 40 euros do valor do salário mínimo nacional), de acordo com um estudo da Nielson, empresa de estudo de mercado.
O inquérito, realizado através de 600 entrevistas telefónicas, este verão, demonstrou ainda que os pais pretendem diminuir o valor gasto semanalmente com os alunos, passando de 23 euros (em 2012) para 18 euros a média em causa.
Mais de metade dos portugueses que fazem compras escolares (51 por cento), adquirem quase todo o material no início do ano lectivo. Os restantes vão comprando ao longo do ano.
As famílias tentam poupar na altura de comprar, procurando promoções.
A factura dos manuais escolares para alguns níveis de ensino chega aos 300 euros. As associações de pais lançam frequentemente o alerta para o risco de haver alunos a começar o ano sem livros.
Um aluno no ensino secundário gasta perto de 300 euros em livros. No 1.º Ciclo, o valor ronda os 70 euros.
Papelarias, hipermercados e páginas de Internet desdobram-se em publicidade, oferecendo descontos de 10 por cento nos manuais escolares, sugerindo compras antecipadas e prestações sem juros.
Aos manuais recomendados pelas escolas junta-se o restante material, cujo preço é mais variável, entre lápis, canetas, cadernos, mochilas, capas, folhas, batas e outros artigos, que variam de acordo com o nível de ensino e a área de estudo.
Além dos custos directos para as famílias, tanto o Tribunal de Contas como o Ministério da Educação publicaram estudos que indicam que o custo por aluno, para o Estado, é superior a 4.000 euros por ano.
Lusa/SOL