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A aposta em "projetos individuais de pequena dimensão" pode ser a solução para a criação de empregos nas cidades, defendeu hoje à Lusa o responsável pelo projeto "Europa para os Cidadãos".
O belga Marc Verachtert falava à margem da conferência "Projetos de emprego personalizados para cidades: oportunidades para o crescimento", que foi realizada na cidade da Covilhã e que contou com a presença de vários representantes de outros municípios europeus aderentes.
"Não temos soluções fixas e ainda estamos numa fase inicial, mas já conseguimos perceber que a aposta em empregos individuais que se afirmem no mercado local ou externo - por exemplo através da internet - pode ser uma das chaves que procuramos para a criação de empregos", afirmou.
Acrescentou que cada aposta deve ser autossuficiente e possível de concretizar numa estrutura pequena, nomeadamente em casa, para se obter poupança de recursos.
O responsável pelo projeto e também representante do município de Hasselt (Bélgica) deu como exemplo possível os artesãos, que podem fazer chegar as suas peças a todo mundo - "cada vez mais apreciadas por públicos com recursos financeiros" -, sem que tenham de sair de casa.
Sem esquecer que estava na Covilhã e tendo conhecimento que dentro de dias é inaugurado o novo Centro de Dados da PT, Marc Verachtert desmistificou a ideia de que se deve apostar em massa na formação na área das novas tecnologias, pois considera que "já há uma oferta superior às necessidades".
"Esses empregos estão garantidos. Todavia, temos um sem número de quadros qualificados prontos para preenche-los", fundamentou,
Este responsável prefere concentrar-se nas "outras oportunidades que surgem em paralelo" com empreendimentos deste grau de grandeza e aponta a possibilidade da criação de empregos através da prestação de serviços que tenham como objetivo "facilitar a vida" aos funcionários daquela ou de outras estruturas similares.
"Estou designadamente a pensar numa empresa de jardinagem, de limpezas, de realização de compras, de entregas ao domicílio, ou de ‘baby-sitting’, entre tantas outras que poderão dar resposta a necessidades que normalmente os quadros mais qualificados têm", especificou.