Cátia Mateus, in Expresso
Taxa de desemprego voltou a recuar em outubro, pelo segundo mês consecutivo. Instituto Nacional de Estatística contabiliza 387,8 mil desempregados. Taxa de subutilização do trabalho também desceu, mas ainda há 811,2 mil pessoas que estariam disponíveis para trabalhar mais horas do que estão a trabalharA taxa nacional de desemprego voltou a descer pelo segundo mês consecutivo, registando em outubro uma quebra em cadeia (face ao mês anterior) de 0,4 pontos percentuais para 7,5%. Os dados provisórios divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) contabilizaram 387,8 mil desempregados no mês passado. Apesar desta redução, a taxa de desemprego permanece 1,0 ponto percentual acima da registada no mês de 2019, 6,5%.
Segundo as contas do INE, a população empregada aumentou em outubro 0,3% face ao mês anterior e 1,5% face a três meses anteriores. Em comparação com o mesmo mês de 2019 a população empregada registou uma redução de 2,1%. "Em outubro de 2020, a estimativa provisória da população empregada, que correspondeu a 4 765,2 mil pessoas, registou um acréscimo de 0,3%, (15,8 mil) em relação ao mês anterior e de 1,5% (71,7mil) relativamente a três meses antes, tendo diminuído 2,1% (101,2 mil) por comparação com um ano antes", explica o organismo de estatística. A taxa de emprego situou-se em 61,2%, valor superior em 0,2 p.p. ao do mês anterior e em 0,9 p.p. ao de julho de 2020 e inferior em 1,5 p.p. ao valor do período homólogo de 2019.
Também a taxa de subutilização do trabalho - indicador que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar e os inativos disponíveis mas que não procuram emprego - desceu em outubro face ao mês anterior, fixando-se nos 15%, menos 0,4 pontos percentuais face a setembro. Mais de 811,2 mil pessoas estão neste grupo. Segundo o INE esta redução deve-se “quase exclusivamente, da diminuição da população desempregada”.
Na síntese estatística hoje divulgada o INE reviu em alta os dados do desemprego de setembro, corrigindo os dados provisórios inicialmente avançados. Em setembro o desemprego fixou-se nos 7,9%, mais 0,2 pontos percentuais do que a estimativa provisória sinalizava. Também o aumento em cadeia da população empregada foi mais contido, 0,7% face ao registado em agosto.