in Expresso
A corrida às reformas disparou no ano passado e, dos mais de 15 mil novos pensionistas, o relatório de contas da Caixa Geral de Aposentações destaca o aumento do número das reformas dos professores e dos funcionários das autarquias
A Caixa Geral de Aposentações fechou o ano de 2019 com mais 15.439 reformados da função pública. A corrida às reformas disparou 46% no ano passado, atingindo o valor mais alto dos últimos quatro anos. De acordo com o relatório de contas da Caixa Geral de Aposentações, a que o "Diário de Notícias" teve acesso, o número total de aposentados e reformados da função pública cresceu 0,4% em 2019, uma subida que não se verificava desde 2015.
As novas regras de flexibilização da idade de aposentação para as carreiras longas é um dos motivos que ajuda a explicar a subida registada no último ano. Segundo o documento, foram feitos 1039 pedidos de reforma de trabalhadores inscritos na Caixa Geral de Aposentações até aos 16 anos e com pelo menos 46 anos de serviço, ou com 48 anos, ou mais, de serviço, independentemente da idade em que começaram a trabalhar.
O destaque vai para os reformados da educação, cujo número de aposentações duplicou em relação a 2018. O crescimento de reformados e aposentados na função pública, refere o relatório de contas da Caixa Geral de Aposentação, "deveu-se ao aumento do número de aposentados/reformados com origem no Ministério da Educação (+103,0%) e nas autarquias locais (+73,1%)".
A aumento do número de novos pensionistas não é acompanhado, no entanto, pelo aumento do valor das pensões. Aliás, o valor médio das novas pensões atribuídas aos funcionários públicos desceu 15,5% em relação a 2018. No ano passado, o valor médio fixou-se nos 1098,85 euros, enquanto o valor médio das pensões registado no ano anterior foi de 1301,04 euros.