3.3.09

Portugueses sentem que segurança piorou em 2008

in Jornal de Notícias

Um estudo sobre "Segurança, Protecção de Dados e Privacidade em Portugal" concluiu que 60,5 % dos inquiridos acreditam que a segurança dos cidadãos piorou em 2008. Ascende a 27,4 % a margem dos que consideram que piorou bastante.

A 3.ª edição do "Barómetro ADT Fire e Security", que é divulgada esta em Lisboa, refere que as expectativas dos portugueses "para os próximos 12 meses não são positivas, com 61,8 % dos inquiridos a admitir que a segurança irá piorar".

"Cerca de 44,5 % dos inquiridos consideram Portugal um país pouco ou nada seguro", diz o estudo, desenvolvido pela consultora PremiValor Consulting para a ADT Fire & Security e que envolveu 860 questionários, no período entre 10 de Novembro e 11 de Dezembro de 2008, em Lisboa, Porto, Faro, Évora, Castelo Branco, Amadora e Loures.

Uma súmula do estudo a que a Agência Lusa teve acesso destaca que 35,9 % dos entrevistados afirmaram que a via pública (ruas) é o local onde se sentem menos seguros.

Os três locais vistos como menos seguros são a via pública-ruas (80,1 %), discotecas e bares (77,5 %) e parques de estacionamento (77,5 %).

De acordo com o estudo, 78,2 % afirmaram sentir maior receio de andar na rua durante a noite.

A investigação revela, também, que o "carjacking" (roubo de viaturas sob ameaça ou violência contra o condutor/proprietário) é uma situação que preocupa 33,3 % dos entrevistados, que consideram "elevada ou muito elevada a possibilidade de ser alvo de uma situação deste tipo".

Relativamente à segurança em casa quando comparada com outros locais exteriores a ela, 82,4 % dos inquiridos sentem-se mais seguros na sua habitação.

Para 58,5 % dos inquiridos, o desemprego contribuiu para a sensação de insegurança, seguido das novas formas de criminalidade (46,2 %), alterações na composição da sociedade (45,3 %) e aumento da violência na sociedade (39 %).

Entre os entrevistados, 37,9 % afirmaram já terem sido vítimas de um crime ou acto ilícito.

Na proposta de soluções para melhorar a segurança em Portugal, 49,0 % apontam a introdução/aplicação de leis mais rígidas e 43,0 % defenderam o aumento do número de efectivos das forças de segurança.