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O comissário europeu do Emprego afirmou hoje que a atual crise demonstrou que a austeridade pode ter sido a resposta necessária a curto prazo, mas piorou a situação e não pode ser a solução para o futuro.
“O que esta crise nos ensina é que a austeridade pode ter sido a resposta necessária a curto prazo – dada a falta de um melhor projeto para a União Económica e Monetária (UEM) e na ausência de mais solidariedade –, mas piorou a crise e não pode representar a solução para os próximos anos”, afirmou László Andor num discurso proferido numa conferência em Amesterdão, na Holanda, e divulgado em Bruxelas.
Contudo, o comissário defendeu que “muitos Estados-membros” ainda precisam de consolidar os seus orçamentos e sublinhou a importância de “melhorar o ‘design’ da UEM, com mais solidariedade” entre os 27.
László Andor afirmou que a União Europeia (UE) atravessa "a pior” crise financeira, económica e social desde que foi criada e que a zona euro está, este ano, “na posição mais vulnerável” de sempre, se forem tidos em conta o desemprego e a situação social.
O comissário europeu disse também que cada vez mais cidadãos e políticos estão a começar a procurar soluções que implicam desintegração em vez do fortalecimento do projeto europeu, porque “sentem que a Europa não geriu bem a resposta à crise”.
Neste âmbito, László Andor reconheceu que “muitas coisas” poderiam ter sido mais bem geridas na resposta à crise.