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A taxa de desemprego vai atingir os 12,3% na zona euro em 2014, muito acima da média que se deverá registar nas economias da OCDE, de 7,8%, segundo dados hoje divulgados pela Organização.
De acordo com o 'Economic Outlook' hoje publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), "preveem-se mais quedas do emprego tanto este ano como no próximo, com a taxa de desemprego a chegar perto dos 12,25%" na zona euro.
Além disso, a OCDE alerta para uma "maior deterioração das condições do mercado de trabalho" em muitos países da zona euro, o que fará com que a taxa de desemprego média nos países da OCDE comece a cair lentamente apenas ao longo de 2014.
"As taxas de desemprego nacionais podem subir entre 0,5 e 0,75% ao longo dos próximos 18 meses na Bélgica, em França, em Itália, na Holanda e nos países com programas da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional. Por oposição, a taxa de desemprego alemã deverá apresentar uma queda ligeiramente maior", para os 4,7% em 2014, lê-se no relatório.
Para o Japão, a OCDE antecipa que a taxa de desemprego caia para os 4,1% em 2014, "o que pode ajudar a que o crescimento dos salários passe a ser positivo".
Já para os Estados Unidos, a Organização estima que o emprego continue a crescer ao ritmo registado em 2012, baixando a taxa de desemprego para os 6,7% no próximo ano.
"As perspetivas para a aceleração no crescimento do emprego nos Estados Unidos vão depender, em parte, do crescimento da produtividade do trabalho", que apresentou "taxas atipicamente baixas", de 0,6 a 0,7% por hora no setor não agrícola, nos dois últimos anos, refere o documento, acrescentando que "emerge uma preocupação semelhante no Reino Unido".
A OCDE alerta ainda que "as reformas são essenciais para ajudar a impedir que o desemprego cíclico passe a ser estrutural", reiterando que esse risco existe.
Sublinhando que foram adotadas reformas no mercado de trabalho para prevenir esta situação, sobretudo nos países da zona euro que estão a proceder a fortes consolidações orçamentais, os peritos da OCDE afirmam que "são ainda necessários esforços adicionais para fortalecer e redesenhar o mercado de trabalho ativo", bem como fortalecer as políticas sociais para acautelar os efeitos de curto prazo das elevadas taxas de desemprego.