in Jornal de Notícias
O Instituto Nacional de Estatística confirmou, esta sexta-feira, o crescimento de 1,1% do PIB no segundo trimestre do ano, face ao trimestre anterior, mas piorou a estimativa da contração em termos homólogos de 2% para 2,1%.
Há três semanas o INE publicou a sua estimativa rápida para as contas nacionais trimestrais referentes ao segundo trimestre, dando conta de um crescimento trimestral do Produto Interno Bruto (PIB), em cadeia, pela primeira vez desde os últimos três meses de 2010, ou seja, após 10 trimestres consecutivos de quebra.
O INE confirma agora que o PIB cresceu 1,1% entre abril e junho deste ano, em comparação com os primeiros três meses do ano, altura em que caiu 0,4% também em cadeia (face ao trimestre imediatamente anterior).
Segundo o INE, existem dois grandes fatores que motivam este crescimento. A procura interna apresenta um contributo positivo para o PIB na ordem dos 0,8 pontos percentuais.
Dentro da procura interna, existe uma queda menos acentuada do consumo privado porque as famílias gastaram mais em bens não duradouros, como os bens alimentares.
Por outro lado, houve também uma redução muito menos expressiva do investimento, que passa de uma queda em termos homólogos de 15,9% no primeiro trimestre, para uma redução de 2,3% no segundo trimestre.
Esta menor queda no investimento explica-se com uma queda reduzida a metade no investimento em construção (que passa de -26,1% para -13%) e ainda pelo investimento em equipamento de transportes, que segundo o INE, se explicam não só pelo efeito base (a queda já tem sido tão grande que é mais fácil a variação positiva ter valores expressivos) como também pelo "impacto da importação de aeronaves".