Por Ana Rita Rebelo, in Executivedigest
João Neves, secretário de Estado Adjunto e da Economia, considerou esta terça-feira, no Parlamento, que os números do desemprego em Portugal são preocupantes, mas «comparam bem com o resto da Europa».
«Apesar de os números não serem favoráveis (…), as taxas de desemprego não têm subido ao ritmo daquilo que é a média do crescimento das taxas de desemprego na União Europeia», acrescentou, mostrando-se convicto de que isso acontece «por força das medidas que foram adoptadas».
No final de Maio, o número de desempregados totalizou 408.934, ou seja, há mais 103.763 pessoas sem emprego (+34%) face ao período homólogo e 16.611 (+4,2%) em relação a Abril, segundo dados divulgados, ontem, pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional.
No entender do governante, estes são números que «nos devem preocupar». «Se não tivéssemos adoptado medidas de protecção, como o lay-off simplificado, teríamos números mais expressivos», acredita. Por outro lado, fez notar a «enorme capacidade» das das empresa em tentarem «aguentar-se numa fase difícil».
A percentagem de empresas em funcionamento, recorde-se, subiu de 92% na segunda quinzena de Maio para 95% nos primeiros 15 dias de Junho, segundo dados de um inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados na passada sexta-feira. Esta evolução foi sentida, sobretudo, no sector do alojamento e restauração: o número de empresas que retomaram actividade passou, neste período, de 59% para 77%.
João Neves está a ser ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças sobre o Orçamento Suplementar, acompanhado pelos restantes secretários de Estado do Ministério da Economia.
*Notícia actualizada com mais informação às 10:46