Ana Correia Costa, in JN
A Mercearia Solidária da Cruz Vermelha da Trofa já abriu as portas e, nesta primeira fase, tem como "clientes" os voluntários da casa, que podem trocar o trabalho que fazem em prol da comunidade por bens de primeira necessidade. Mas o objetivo é que o projeto chegue "a todos os que prestam voluntariado", adianta a coordenadora da instituição, Carla Lima.
"Damos as nossas moedas, as "cruzinhas", de acordo com o número de horas de trabalho", explica a responsável, referindo que, neste momento, os oito voluntários "estão a trabalhar dentro das tarefas que já desempenhavam na Cruz Vermelha", tais como os "trabalhos no ateliê e ajudar a ir buscar os excedentes aos supermercados e a prepará-los". Como ajudaram "nas mudanças" de instalações da sede da delegação da Trofa, que em dezembro passaram para o Largo António Barreto, perto da Casa da Cultura, ficando o antigo espaço, junto aos correios, destinado à mercearia.
"Pretendemos que o projeto se alargue, e temos como meta chegar a 150 voluntários de várias instituições. Mas, com estas questões pandémicas, não podemos pedir às pessoas que andem por aí a fazer trabalho na comunidade", justifica Carla Lima, que espera que a Mercearia Solidária adquira outra dinâmica quando a crise sanitária da covid-19 der tréguas.
Venceu prémio
A iniciativa visa ajudar pessoas carenciadas, mas qualquer um pode trabalhar em troca de "cruzinhas", e inclusive oferecê-las a quem delas precise para obter bens de primeira necessidade. "Assim, está a ajudar de duas formas: a comunidade e os carenciados", vinca a coordenadora da Delegação da Trofa da Cruz Vermelha, lembrando que "valorizar o trabalho comunitário" é um dos objetivos do projeto que em 2020 venceu o Prémio BPI La Caixa Solidário.
Meta
150 voluntários é a ambição da Cruz Vermelha da Trofa para a sua Mercearia Solidária. Pessoas de várias instituições que poderão trocar o seu trabalho por bens essenciais.