Marlene Sousa, in Jornal das Caldas
A presidente do Conselho da Cidade - Associação para a Cidadania, Ana Costa Leal, disse que se espera “uma crise mais acentuada com o fim das moratórias” e pretende “preparar uma resposta mais eficaz com todas as entidades da linha da frente”, para fazer face “às dificuldades que se avizinham”. Com o objetivo de melhorar a articulação entre a rede social do concelho das Caldas da Rainha no combate à pobreza, o Conselho da Cidade vai realizar a 5 de maio, pelas 21h00, um debate, no auditório da Expoeste.Ana Costa Leal fará a abertura com uma intervenção sobre a pobreza nas Caldas da Rainha.
Marina Ximenes, também elemento do Conselho da Cidade, irá abordar o tema “Quem está na Linha da Frente?”.
Caberá a Célia Roque, diretora do Centro de Emprego Oeste Norte, falar sobre o emprego enquanto pilar para a inclusão social.
O convidado Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, irá fazer uma intervenção sobre as estratégias de combate à pobreza e inclusão social e caberá a António Curado, presidente da mesa da assembleia do Conselho da Cidade, fazer o encerramento do debate.
“Pretende ser um espaço de encontro no combate à pobreza e exclusão social e conhecer a realidade das Caldas, tendo na plateia representantes das entidades que estão na linha da frente no combate à pobreza. Ao verificar que existe de uma maneira geral uma apreensão por parte das entidades de solidariedade social do aumento de pessoas a bater à porta com necessidades, é fundamental haver um cruzamento de dados para perceber quem precisa, quem está a repetir os pedidos e quem precisa e não pede, para que se encontrem novas soluções”, apontou a presidente do Conselho da Cidade.
Ana Leal sublinha que a ideia “não é criticar, mas sim dar o nosso contributo de cidadania no sentido ajudar nas preocupações das instituições de solidariedade social para superar desafios da pandemia e fortalecer o setor”.
No debate o Conselho da Cidade vai apresentar as conclusões de um inquérito composto por 14 questões que foi respondido por mais de 20 centros sociais e paroquiais, instituições particulares de solidariedade social, associações e movimentos de ajuda aos mais carenciados do concelho das Caldas da Rainha.
“Com o objetivo de conhecer a realidade enviámos questionários com várias questões, como por exemplo a proveniência dos bens, como é que os utentes lá chegam, que tipo de utentes é que têm e se há cruzamento de dados e se há uma entidade coordenadora que faça esse cruzamento”, explicou Marina Ximenes.
“Queremos contribuir para a construção de uma rede social no concelho das Caldas mais inovadora, colaborativa e estratégica”, adiantou, afirmando que “é fundamental a pessoa necessitada saber onde se pode dirigir para pedir ajuda”.
Segundo Ana Costa Leal, o Banco Alimentar do Oeste é o grande pilar da distribuição dos alimentos às instituições, que têm de fornecer periodicamente listas atualizadas dos beneficiados. No concelho das Caldas são apoiadas cerca de três mil pessoas.
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