Na sessão solene comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril, na Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa recordou o passado colonial de Portugal e falou sobre a complexidade e dificuldade em julgar esse período.
O Presidente da República considerou hoje que o desenvolvimento, a liberdade e a democracia conquistados com o 25 de Abril de 1974 são imperfeitos porque ainda há pobreza estrutural de dois milhões de portugueses.
Na sessão solene comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril, na Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa recordou o passado colonial de Portugal e falou sobre a complexidade e dificuldade em julgar esse período.
Referindo-se ao 25 de Abril de 1974, o chefe de Estado declarou: “Como complexa foi a mudança histórica que neste dia evocamos, na sua abertura para a descolonização, para o desenvolvimento, para a liberdade e democracia”.
“Desenvolvimento, liberdade e democracia que, sabemo-lo todos, sempre foram imperfeitos, e por isso não plenos, porque nunca tendo resolvido uma pobreza estrutural de dois milhões de portugueses e desigualdades pessoais e territoriais e desinstitucionalizações”, acrescentou.
Segundo o Presidente da República, a pandemia de covid-19 “veio revelar e acentuar” essas desigualdades.
Pela segunda vez consecutiva, a sessão solene comemorativa do 25 de Abril no parlamento acontece com um número reduzido de presenças em contexto de pandemia de covid-19 e com o estado de emergência em vigor.
Como fez nas cinco sessões anteriores do 25 de Abril no parlamento, Marcelo Rebelo de Sousa entrou no hemiciclo de cravo vermelho na mão – em vez de o usar na lapela como alguns, ou de não levar a flor símbolo da revolução, como outros, sobretudo à direita.