No texto que assina no Jornal de Notícias, o Presidente pede soluções para "Pobreza - em sentido amplíssimo - e Saúde Mental - em vastíssima amplitude" E avisa: "Vale a pena não fazer de conta de que há Natal que possa passar ao lado delas."
Desta vez, o "bilhete-postal" do Presidente da República, deixado no Jornal de Notícias, centra-se nos "ignorados e omitidos da sociedade" e para aqueles que "mais sentiram as descompensações psicossociológicas da pandemia".
Marcelo Rebelo de Sousa pede uma atenção "no curtíssimo prazo" para "os mais pobres, doentes, vulneráveis, abandonados, esquecidos, excluídos, marginalizados", aqueles que "mais sofreram e sofrem em pandemia."
"Vale a pena não fazer de conta de que há Natal que possa passar ao lado delas", avisa o Presidente, no texto que assina, hoje, no Jornal de Notícias, intitulado "Duas lembranças para o Natal".
"Que, no meio de tantas proclamações de médio e longo prazo, nos lembremos deles no curtíssimo prazo. Nestes dias - e deveriam ser todos de todos os anos - em que Natal, para eles, não significa o que simboliza para milhares e milhares de famílias reunidas num fim de semana longo de busca de uma parte do tempo perdido", escreve Marcelo.
Na segunda "lembrança", o Presidente da República destaca a importância da saúde mental "cronicamente irmã pobre" entre as várias áreas, pedindo atenção para aqueles que "mais sentiram as descompensações psicossociológicas da pandemia."
No texto que já se tornou uma tradição de Natal, no JN, Marcelo alerta que "a nossa consciência não pode parar no dia 26 ou no dia 2 de janeiro. Porque os milhões de que falamos serão os mesmos nesses dias". E termina com uma farpa: "sê-lo-ão, Natal atrás de Natal, e ano atrás de ano, se a memória coletiva continuar curta, como, tantas vezes, tem sido."
Numa comparação com o ano passado, o Presidente considera que "apesar das restrições" este é um Natal "mais aberto do que o de 2020."
Para Marcelo Rebelo de Sousa, o embora exista um "clima melhor do que o do ano passado", o Natal ainda traz "uma sensação agridoce":
"Ainda não são os Natais de antes da pandemia. Já é, porém, um tempo de reencontro mais próximo, mais partilhado, mais a caminho do sonho que todos acalentam", escreve Marcelo Rebelo de Sousa.