7.1.22

Escolas, teletrabalho, comércio, discotecas. As medidas em vigor a partir da próxima semana

Ricardo Vieira , Marta Grosso , Joana Gonçalves , João Carlos Malta , Eduardo Soares da Silva, in RR

Depois de ouvidos os especialistas no Infarmed, na quarta-feira, o Governo reuniu-se para decidir que novas medidas deverão ser tomadas no âmbito da pandemia de Covid-19 e com as eleições de 30 de janeiro no horizonte.

As escolas reabrem na segunda-feira sem turmas em isolamento e o teletrabalho continua a ser obrigatório até dia 14, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro. A situação é “tranquila” no que respeita à contenção de casos graves da Covid-19 e "podemos avançar na próxima semana, com cautela", declarou António Costa.

“Não estamos numa situação de pressão sobre os internamentos, quer em cuidados gerais, quer em cuidados intensivos. Temos neste momento no nosso sistema hospitalar cerca de 16 mil pessoas internadas e menos de 10% são doentes covid-19”, afirmou António Costa, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros desta quinta-feira.

As novas medidas entram em vigor na segunda-feira e estarão em vigor pelo tempo necessário, disse o chefe do Governo em resposta à Renascença.

A partir de segunda-feira, as escolas reabrem depois do período de contenção e de umas férias de Natal alargadas. Não haverá turmas em isolamento, de acordo com as determinações da Direção-Geral da Saúde.

A obrigatoriedade do teletrabalho será prolongado até dia 14 de janeiro, data a partir da qual passará a ser apenas recomendado.


A proibição de saldos no comércio termina, mas os estabelecimentos ficam com limitação de lotação de uma pessoa por cinco metros quadrados.

Os bares e discotecas podem reabrir a 14 de janeiro, com exigência de teste negativo à entrada e proibição de consumo de bebidas alcoólicas na via pública.

O Governo decidiu manter o controlo de fronteiras, com teste negativo obrigatório para todos os voos que cheguem a Portugal e sanções para as companhias de aviação.

O Certificado Digital vai ser obrigatório para acesso a: restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local, espetáculos culturais, eventos com lugares marcados e ginásios.

O teste negativo passa a ser obrigatório para acesso a: visitas a lares, visitas a pacientes internados em estabelecimentos de saúde, grandes eventos e eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados e recintos desportivos (salvo decisão da DGS). Sendo assim, deixa de ser necessário realizar teste para ir ao teatro e ao cinema, como aconteceu no período de contenção.

Quem tem dose de reforço há mais de 14 dias está dispensado de teste negativo.

António Costa falava ao país no final do Conselho de Ministro, que fez uma avaliação das medida de contenção da pandemia de Covid-19.

São novas medidas para conter a pandemia de Covid-19, um dia depois de ouvidos os especialistas e numa altura em Portugal bate recordes de infeções, ainda que com a pressão hospitalar controlada.

A reunião desta quinta-feira surge cerca de duas semanas após o Conselho de Ministros de 21 de dezembro, em que foram aprovadas novas restrições e antecipadas outras medidas para responder ao agravamento da pandemia, devido à variante Ómicron.

Desde essa data, o número de infetados disparou e já ultrapassou os 30 mil diários, sendo que, na quarta-feira, foi registado um novo máximo: 39.570 infeções. No entanto, o número de óbitos foi bastante inferior ao máximo registado em janeiro de 2021, bem como o número de internados.

A pressão hospitalar tem, ainda assim, aumentado, mas a um ritmo muito mais reduzido do que no ano passado, estando um pouco acima da metade do limite crítico de 255 camas ocupadas nas unidades de cuidados intensivos.

[em atualização]