O risco de pobreza em Portugal aumentou para 18,4% em 2020, uma subida de 2,2 pontos percentuais face ao ano anterior.
A pandemia trouxe uma recessão sem precedentes em 2020, histórica mesmo. E Portugal foi dos países que menos apoios deu às empresas e às famílias, sobretudo porque não aproveitou os ventos favoráveis dos anos anteriores para descer a dívida pública de forma mais agressiva.
As consequências estão a fazer-se sentir. O risco de pobreza em Portugal aumentou para 18,4% em 2020, uma subida de 2,2 pontos percentuais (p.p.) relativamente ao ano anterior, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta sexta-feira.
A taxa de risco de pobreza, refira-se, correspondia em 2020 à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos inferiores 554 euros por mês, tinha vindo a cair.
Assim, em 2020, eram cerca de 1,8 milhões os residentes em risco de pobreza, mais 228 milhares do que no ano anterior. E quem foi mais afetado? Foram as mulheres e os desempregados.
O país está assim mais desigual depois do pior ano da pandemia.