26.3.12

Ciganos precisam de «missionários itinerantes»

Texto Francisco Pedro, in Fátima Missionária

«Os irmãos de etnia cigana, na verdade também pertencem a esta grande família de Deus! Perante esta certeza, importa que sejamos capazes de descortinar valores muito concretos numa cultura diferente, que a sociedade deveria harmonizar, através dum trabalho que proporcione convivência sadia sempre alicerçada na justiça e na paz», afirmou, em Fátima, o arcebispo de Braga.

Jorge Ortiga, presidente da Comissão Episcopal responsável pela área da Mobilidade Humana, falava durante o encontro do Comité Católico Internacional para os Ciganos (CCIC), que decorreu no fim de semana, na Cova da Iria. Na homilia, o prelado manifestou-se contra os comportamentos que «podem violar o princípio da dignidade humana e impedir o crescimento verdadeiro» das pessoas de etnia cigana.

«A Igreja deve trabalhar para que sejam superadas as discriminações e intolerâncias», adiantou o arcebispo, sublinhando a importância do «acolhimento», por mais difícil que seja, e de um trabalho apostólico que exige “operadores pastorais” minimamente habilitados, a que alguns apelidam de “missionários itinerantes”, pelo facto de irem ao encontro dos ciganos nos diversos lugares onde se encontram.