in Diário de Notícias
Os pedidos de asilo a países industrializados aumentaram 20 por cento no ano passado para um total de 441 300, o valor mais elevado desde 2003, revelou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
No ano passado, o ACNUR registou 441 300 pedidos de asilo em 44 países industrializados - 38 europeus, EUA, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia -, mais 20 por cento face aos 368 mil contabilizados em 2010, o que representa um novo recorde desde 2003, quando foram verificados 505 mil pedidos.
O Afeganistão é o país de origem da maioria dos requerentes de asilo num total de 35 700, o que reflete um aumento de 35 por cento face a 2010, seguindo-lhe a China (24 400 pedidos), o Iraque (23 500), a Sérvia e o Kosovo (21 200) e o Paquistão (18 100).
Um total de 5200 pessoas da Costa do Marfim pediram asilo em 2011, mais 180 por cento face ao ano anterior, 3800 líbios fizeram o mesmo, cinco vezes mais do que em 2010, bem como 8400 sírios, mais 68 por cento, e 7900 tunisinos, nove vezes mais do que em 2010.
Menos de metade dos pedidos foram apresentados por pessoas originárias da Ásia (45 por cento), seguindo-lhe África (27 por cento), Europa (15 por cento) e América (oito por cento).
Os Estados Unidos receberam 74 mil pedidos, a França 51 900, a Alemanha 45 700, Itália 34 100 e a Suécia 29 600. Estas cinco nações acumularam 53 por cento de todos os pedidos apresentados a 44 países.
A África do Sul foi o país que recebeu mais pedidos a nível mundial, num total de 107 mil.
Por regiões, o sul da Europa (Itália, Malta e especialmente a Turquia) registou 66.800 pedidos de asilo, o que representa um acréscimo de 87 por cento face a 2010, o maior aumento verificado em termos regionais.
Em conjunto, os 38 países da Europa receberam 327 200 pedidos de asilo no ano passado, mais 19 por cento do que em 2010 e só os 27 da União Europeia registaram 277 400 pedidos, mais 15 por cento face a 2010.
A América do Norte teve 99 400 pedidos, mais 25 por cento, e o Japão e a Coreia receberam 2900, mais 77 por cento do que em 2010.
Só os países escandinavos, a Austrália e a Nova Zelândia verificaram uma baixa do número de pedidos de asilo, de 10 por cento para 45 700 e de 9 por cento para 11 800, respetivamente.