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Sociólogo Manuel Villaverde Cabral comenta assim a descida da criminalidade reportada no ano passado.
O sociólogo Manuel Villaverde Cabral considera que a resistência dos portugueses à austeridade é um caso de estudo, numa reacção à diminuição da criminalidade reportada em 2011.
Em declarações à Renascença, Villaverde Cabral refere que os dados do ano passado vêm contrariar aquelas previsões que apontavam para um aumento do crime proporcional aos efeitos da crise.
O sociólogo tem algumas dúvidas que todos os crimes sejam participados e não dá, por isso, demasiada importância às variações que se vão registando ano após ano, mas, sobre a descida de 2% registada em 2011, diz que prova que a crise ainda não influencia estas contas.
“Ainda bem que desceram para não haver alarme, congratulemo-nos. Mostra que a resiliência da população portuguesa à crise tem sido extraordinária e merece reflexão e até estudo, como é que temos sido capazes de lidar com esta situação da forma controlada, digamos assim, como temos lidado até agora, e que pode mudar de repente.”
Ainda sem se alongar em comentários – porque não conhece o relatório – o Observatório da Segurança, Crime Organizado e Terrorismo (OSCOT), reage aos dados avançados esta sexta-feira pela Renascença, dizendo que revelam o bom trabalho das polícias.
Filipe Pathê Duarte, porta-voz do organismo que agora é de novo presidido pelo ex-ministro Rui Pereira, não acredita, no entanto, que a crise influencie a criminalidade.
Nalguns tipos de crime talvez, mas não na maioria, sublinha o porta-voz do Observatório da Segurança, Crime Organizado e Terrorismo.