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Construção pode ficar com menos 140 mil trabalhadores até ao fim do ano
Áudio Reis Campos apresenta os números negros
O sector da construção pode fechar 2012 com menos 14 mil empresas e 140 mil trabalhadores. A previsão é avançada à Renascença pelo presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário.
“Até ao final do ano, se nada for feito, não for avançado o lançamento do mercado reabilitação urbana, se não houver o reajustamento das regras de acesso ao QREN, o sector vai perder 140 mil trabalhadores este ano e cerca de 13 ou 14 mil empresas”, indica Reis Campos.
A cada dia, quase 400 trabalhadores da construção caem no desemprego. Para travar a tendência, é necessário uma estratégia que passe, nomeadamente, pelo relançamento do mercado de reabilitação urbana pode evitar uma contabilidade tão negra.
“Uma vez que estamos a perder, por dia, cerca de 380 postos de trabalho e cerca de 16 empresas. Ou seja, a construção é, neste momento, a actividade mais afectada com a política de austeridade imposta pelo Governo. Quedas, face ao ano passado, de 64,4%, promoções de concursos públicos e 38% do valor dos concursos adjudicados”, aponta Reis Campos, acusando o Governo de fazer “cortes cegos”.