por Filomena Barros e Olímpia Mairos, in RR
Organizações como a Cáritas e também as câmaras municipais ajudam como podem as famílias que mais precisam.
É sempre por esta altura, as famílias que pedem ajuda apontam uma prioridade concreta, com reconhece Eugénio da Fonseca, o presidente da Cáritas: “Nesta altura do ano escolar aumentam sempre os pedidos e até se sobrepõem aos pedidos de pagamento de dívidas, porque as famílias dão prioridade a este tipo de investimento”.
A Cáritas tenta dar resposta a todos os pedidos, sobretudo os que não são resolvidos a nível local, ou através do sistema de troca de livros: “Nem sempre se consegue, através deste dinamismo, os livros que os alunos precisam e é necessário investir nos que ficaram por comprar e no material escolar. É esse tipo de material que as famílias nos estão a solicitar”.
As verbas do Fundo Social Solidário, criado há quase dois anos, servem para esta ajuda. Mas Eugénio da Fonseca diz que é preciso estabelecer critérios, senão o dinheiro não chega: “Tendo consciência de que não satisfazemos todos os pedidos que nos são enviados, mas caso contrário o Fundo Social Solidário já não existia, tinha durado menos de um ano”.
Alfândega da Fé cria banco de livros escolares
Também algumas autarquias procuram ajudar os seus residentes a lidar com a pressão da compra de material escolar.
A Câmara Municipal de Alfândega da Fé, por exemplo, acaba de criar um banco de livros escolares. As famílias podem levantar tantos livros quanto os que depositam. Quem não tem livros para deixar pode comprar os que precisar a 50% do preço, mas fica obrigado a devolvê-los no final do ano.