por Francisco Sarsfield Cabral, in RR
Entre 1990 e 2010, o número de pessoas a viver com apenas 1,25 dólares por dia baixou para metade. Nem tudo é negativo na economia mundial.
Com a crise, a pobreza aumentou em Portugal e noutros países europeus. E, como lembrou o Papa Francisco, continua o escândalo de ainda muita gente morrer de fome. Mas nem tudo é negro.
Contra a ideia, tão difundida, de que os pobres estão cada vez mais pobres e que as diferenças de riqueza entre nações não param de aumentar, de 1990 a 2010 o número de pessoas vivendo com apenas 1,25 dólares diários baixou para metade no mundo.
O último número do semanário “The Economist” faz deste tema a sua capa. Aquela baixa da extrema pobreza (cinco anos antes do que previam os objectivos do milénio, da ONU) deve-se a vários países subdesenvolvidos.
A China conseguiu tirar da miséria 680 milhões de pessoas. Nesses países o crescimento médio anual foi de 4,6% entre 1960 e 2000, acelerando para 6% na primeira década deste século – apesar da maior crise global desde a Grande Depressão dos anos 30 do séc. XX.
Mas também foram importantes políticas para diminuir as desigualdades de rendimentos, como a Bolsa Família do Brasil.
Não se exagerem, pois, os aspectos negativos da economia mundial.