Tornar mais curto o caminho para o emprego

por Joana Costa, in RR

A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto tem uma cadeira que obriga os alunos a trabalhar com empresas reais, a funcionar em Portugal.

O desafio foi lançado a 130 estudantes de Engenharia Informática da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP): tinham de desenvolver soluções à medida para empresas portuguesas, empresas reais.

O trabalho foi desenvolvido com a ajuda de 10 alunos de design de comunicação da Faculdade de Belas Artes, da Universidade do Porto. Os estudantes das faculdades trabalharam em parceria com as empresas e criaram 20 produtos com potencial para serem introduzidos no mercado tecnológico.

O director do departamento de engenharia informática da FEUP, Raul Vidal, explica que “todos os anos, no fim do primeiro semestre, fazemos convites a empresas reais para nos apresentarem propostas de projectos, que depois são avaliados por nós, e que os alunos desenvolvem durante o segundo semestre”.

De acordo com o também coordenador da cadeira laboratório de gestão de projectos, esta iniciativa é uma oportunidade para os alunos desenvolverem um conceito inovador e, ao mesmo tempo, trabalharem de perto com empresas reais.

“Isto dá para desenvolver um conceito, desenvolver um protótipo, integrarem soluções das próprias empresas e, portanto, em relação a anos anteriores, já há bastantes produtos que têm sido integrados em produtos da própria empresa ou passaram a ser produtos das empresas que colaboraram connosco”, refere.

O professor reforça as vantagens de criar a ponte entre os estudantes e as empresas. O desafio é uma forma de exercitar a mente permitindo “abrir portas” aos alunos no mercado de trabalho.

“Havendo esta cadeira, as empresas ficam a conhecer melhor os alunos e é muito habitual que, no final do segundo semestre, alguns alunos sejam contactados para desenvolverem dissertações no ano seguinte”, revela.

Até agora, seis soluções apresentadas pelos alunos de mestrado integrado em engenharia informática e computação foram adoptadas pelas empresas.