28.4.14

Falta fiscalização no Programa de Emergência Alimentar

in TSF

Há cada vez mais pessoas a recorrer às cantinas sociais no âmbito do Programa de Emergência Alimentar. No entanto, há quem tenha dúvidas sobre a sua eficácia e critique a falta de fiscalização.

Contactado pela TSF, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Almada é uma destas vozes críticas.

Joaquim Barbosa acredita que é um bom princípio alimentar quem tem fome, mas só isso não é suficiente. O provedor diz ainda que é preciso fiscalizar quem vai às cantinas para evitar abusos.

Já o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza em Portugal defende mesmo o fim das cantinas sociais.

Jardim Moreira admite que esta foi uma resposta urgente às consequências imediatas da crise, mas é preciso pensar noutra solução que não humilhe as pessoas. Um plano nacional que tire as pessoas da pobreza e não mate apenas a fome.

O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza em Portugal diz também que há falta de controlo sobre quem vai às cantinas sociais.

Também contactado pela TSF, o presidente da Cáritas diz que é cedo para avaliar o programa de emergência alimentar promovido pelo Governo nos últimos dois anos.

Eugénio Fonseca admite, no entanto, que quem recebe esta comida devia também ter acesso a uma espécie de formação, que fossem além da comida.

O Presidente da Cáritas compreende a urgência de matar a fome a muitas pessoas carenciadas, mas defende que não faz sentido cortar no Rendimento Social de Inserção, que responsabiliza e dá autonomia às pessoas na gestão do dinheiro que recebem do Estado, para investir em cantinas sociais.