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Preços da água variam consoante as regiões do país. Deco critica falta de transparência e privatização
Terras do Bouro continua a ser o município com a tarifa mais baixa, enquanto Santo Tirso e Trofa praticam os preços mais elevados. Estudo da Deco revela também falta de transparência na informação sobre preços.
Um estudo da associação de defesa do consumidor Deco revela grandes assimetrias nas tarifas da água em Portugal. A diferença de preços pode atingir os 220 euros anuais “para um consumo de água de 120 metros cúbicos”.
“No saneamento, no mesmo cenário, essa dispersão também é bastante elevada e às vezes é 17 vezes mais”, refere à Renascença Antonieta Duarte, da Deco.
O estudo mostra que Terras do Bouro continua a ser o município do país com a tarifa mais baixa da água, a que se juntam Barrancos e Mondim de Basto. Entre os que praticam os preços mais elevados estão Santo Tirso, Trofa, Paços de Ferreira, Carregal do Sal, Santa Comba Dão e Tábua.
Quanto à informação sobre a formação de preços, a associação de defesa do consumidor considera haver falta de transparência.
No que toca à privatização da água, a Deco volta a mostra-se contra.
“Se existir uma determinada procura de água expectável para o ano ‘x’ e a concessão não tiver a garantia de que essa quantidade de água é consumida, o município acaba por pagá-la, independentemente de ter sido consumida. A água é, portanto, paga pela Câmara Municipal e uma das formas de a pagar é fazer reflectir esse valor nas facturas do consumidor”, explica Antonieta Duarte.