Por Rafaela Burd Relvas, in Dinheiro Vivo
No ano passado, 18,5% da população ativa de Lisboa estava desempregada, a percentagem mais elevada do país (cuja taxa de desemprego, de 16,3% em 2013, está agora nos 15,3%). Logo de seguida, surge a Madeira, com uma taxa de desemprego de 18,3%. Do outro lado, está a região Centro com a menor taxa de desemprego do país (11,7%). As restantes regiões – Norte, Algarve, Alentejo e Açores – registaram todas níveis de desemprego semelhantes, a rondar os 17%.
Os dados constam do relatório do Eurostat sobre as taxas de desemprego regional, divulgado hoje, que dá conta de números muito díspares por toda a Europa. Em 2013, a taxa de desemprego regional na União Europeia variou dos 2,6% de Oberbayern, na Alemanha, aos 36,3% da Andaluzia.
É nas regiões espanholas que se registam os números mais preocupantes. Além da Andaluzia, também Ceuta, Melilla, Canárias e Estremadura encabeçam a lista das regiões com maior taxa de desemprego da União Europeia em 2013, com 35,6%, 34,4% e 33,7%, respetivamente.
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A Alemanha e a Áustria, por seu lado, têm os melhores resultados: Freiburg, na Alemanha, e Salzburg, na Áustria, seguem-se a Oberbayern na lista de regiões com menos desemprego, ambas com uma taxa de 2,9%. Aliás, 23 das 49 cidades com uma taxa de desemprego igual ou inferior a 5,4% (metade da média europeia, de 10,8%) eram alemãs, enquanto oito eram austríacas.
Oberbayern volta a estar no topo no que toca ao desemprego jovem, com apenas 4,4% da população entre os 15 e os 24 anos a estar desempregada em 2013, face à média europeia de 23,4%. Com a taxa mais elevada surge a cidade autónoma espanhola de Ceuta, onde 72,7% da população jovem está desempregada.
Por cá, a maior taxa de desemprego jovem volta a registar-se em Lisboa: em 2013, 45,5% da população jovem estava desempregada, face à média nacional de 37,7%. E volta a ser na região Centro que a taxa é menor, desta vez de 31%. Mas é na Madeira que o desemprego mais dura: aqui, a taxa de desemprego de longa duração (definida pela percentagem de desempregados que se mantiveram nesta situação por 12 meses ou mais) foi de 64,1%, seguindo-se o Norte (58,7%) e os Açores (58%).
Já na Europa, a taxa média de desemprego de longa duração foi de 47,5%, com os valores mais baixos a registarem-se em seis cidades suecas (Övre Norrland, com 12,4%, teve a taxa mais baixa). Já os valores mais altos registaram-se nos departamento ultramarinos franceses de Guadalupe (79,5%) e Guiana (77,6%) e na cidade eslovaca Východné Slovensko.