Desemprego registado desce pelo segundo mês consecutivo. Dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional sinalizam uma redução de 5,1% em cadeia, ou seja face ao mês anterior, do número de inscritos nos serviços públicos de emprego. Em maio, só duas regiões de país viram o desemprego registado aumentar: Madeira e Lisboa e Vale do Tejo.
São menos 21.705 desempregados inscritos nos centros de emprego do que em abril, mês em que o desemprego registado também já tinha invertido a trajetória de subida iniciada em janeiro. Maio fechou com 402.183 desempregados registados, o menor número desde dezembro de 2020. Os dados esta segunda-feira divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) sinalizam uma redução homóloga, face a maio de 2020, de 1,7% (-6.751) no número de desempregados. Mas é na comparação em cadeira que o desemprego mais cai: 5,1%.
Só duas regiões contrariaram em maio a tendência de descida do desemprego registado: Madeira, onde o desemprego aumentou em termos homólogos 13,9% e Lisboa e Vale do Tejo com um agravamento de 4,2%. As restantes regiões registaram variações negativas, com o decréscimo mais acentuado a ocorrer no Alentejo, onde o número de inscritos recuou 11,7%, tendo como referência maio de 2020.
"Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, na variação absoluta, contribuiu o grupo dos que estão inscritos há menos de um ano (-50.161) e, em sentido inverso, contribuiu com o maior aumento no desemprego aqueles que permanecem inscritos há mais de um ano (+43.410)", destaca a nota do IEFP.
OFERTAS AUMENTAM
Ao longo do mês inscreveram-se nos serviços públicos de emprego nacionais 34.083 desempregados, menos 27,6% (-13.008) do que no mês homólogo e menos 8,5% (-3.166) do que em abril deste ano. "As ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês totalizaram 17.563 em todo o País, número superior ao do mês homólogo de 2020 (+10 592 ; +151,9%) e ao mês anterior(+4 657; +36,1%)", explica a nota do IEFP que acompanha os indicadores. As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês no continente (únicos dados disponíveis) foram, por ordem decrescente, o "Alojamento, restauração e similares" (21,7%), as "Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio"(21,0%) e "Comércio por grosso e a retalho" (10,6%).
Já as colocações realizadas durante o mês de maio totalizaram aumentaram para 10.123. São mais 5.656 (+126,6%) face ao mês homólogo e mais 2.275 (+29%) face ao mês anterior. "A análise das colocações por grupos de profissões mostra uma maior concentração nos “Trabalhadores não qualificados”(28,4%), nos "Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores"(23,4%) e nos "Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices"(11,9%)", explica o IEFP: