Francisco Pedro, in Fátima Missionária
«Os ciganos devem ser considerados cidadãos de primeira» e a sociedade portuguesa tem a responsabilidade de «facilitar a sua aproximação», afirma o padre Manuel Morujão, secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), a propósito do encontro do Comité Católico Internacional para os Ciganos, que começa sexta-feira, dia 23, em Fátima.
«É fundamental ter o coração aberto para a diversidade», realça o sacerdote à agência Ecclesia, acrescentando que o facto de haver uma comunidade em maioria nunca pode ser sinónimo de «exclusão ou menosprezo» pelas outras culturas. A iniciativa é encarada como uma oportunidade para promover uma sociedade mais inclusiva e solidária.
O encontro tem o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e durante os trabalhos vai ser lida uma mensagem do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes (CPPMI), organismo da Santa Sé. Entre os vários assuntos em análise, destaca-se a abordagem ao papel dos cristãos «frente a uma sociedade cada vez mais estruturada, mas que cria marginalidade», feita pelo economista João César das Neves.