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O encontro dos parceiros sociais com a “troika” terminou num ambiente de alguma perplexidade.
Os representantes de sindicatos e confederações patronais foram pedir à “troika” maior flexibilidade nos prazos, mas receberam todos a mesma resposta: a responsabilidade do programa de ajustamento é exclusivamente do Governo português, numa atitude que foi entendida por alguns dos presentes como um descartar, ou pelo menos um partilhar, de responsabilidade.
Os representantes do Banco Central Europeu, União Europeia e Fundo Monetário Internacional afirmaram ainda que a legislação laboral ainda é excessivamente rígida em Portugal, o que foi refutado imediatamente pelas centrais sindicais.
Segundo os parceiros sociais que falaram à imprensa a ideia que ficou da reunião foi de que a “troika” não pretende fazer quaisquer alterações ao programa de ajustamento quer no financiamento, juros ou prazos. No entanto, e ao contrário do que acontece frequentemente, hoje os representantes de trabalhadores e patrões estavam unidos na sua posição contra quaisquer novos sacrifícios.