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O secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, afirmou hoje que o principal objetivo do Fórum Global para o Desenvolvimento é marcar os novos objetivos do milénio para depois de 2015, que devem ser “globais, claros e avaliáveis”.
“Os novos objetivos devem ser globais porque o mundo atual já não reflete as divisões entre o norte e o sul, nem as interdependências que existem entre eles”, disse Gurría durante a abertura do Fórum Global para o Desenvolvimento, em Paris, que conta com a participação de políticos e especialistas.
O responsável da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) considerou que os objetivos devem ser “avaliáveis e significativos” e “devem ter impacto na vida das populações”.
Ángel Gurría afirmou que a OCDE deve colocar “toda a sua experiência e todo o seu trabalho na busca destes objetivos e dos meios para os alcançar”, e que todas as ações e recomendações aos países membros da organização devem visar o desenvolvimento.
O líder da OCDE indicou que é necessário melhorar a distribuição da riqueza nos países em vias de desenvolvimento e mudar o modelo de crescimento para diminuir o impacto que este tem no aquecimento global.
“O crescimento tem que ser sustentável e ecológico”, afirmou o responsável da OCDE, que pediu “responsabilidade e urgência”.
O secretário-geral da OCDE assegurou que nos últimos anos foram feitos “progressos importantes” nas políticas de desenvolvimento, mas avisou que não se pode “descansar sobre os louros” porque “há muito a fazer”.
Gurría assinalou que na última década o número de pessoas “pobres” diminuiu em cerca de 620 milhões, e destacou os programas levados a cabo no Brasil, Bangladesh e México para lutar contra a pobreza, que, disse, já estão a ser implantados no Quénia.
O número de pessoas sem acesso a saneamento básico também diminuiu, bem como o número de mortes causadas pelo vírus da sida, que passou de 2,3 para 1,7 milhões em apenas seis anos.


