19.4.13

OIT Um milhão de desempregados nos últimos seis meses na Europa

in Notícias ao Minuto

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) salientou esta segunda-feira a deterioração das condições de trabalho na União Europeia que levaram a que um milhão de pessoas tenham perdido o emprego nos últimos seis meses.

Depois do ritmo em que vinha aumentando o desemprego ter abrandado no período 2010-2011, a perca de postos de trabalho voltou a disparar “ e não há sinais de melhoria”, indica a organização que realiza hoje em Oslo a sua 90ª reunião regional europeia.

“Agora há mais 10 milhões de desempregados relativamente ao início da crise em 2007, e os jovens e trabalhadores menos qualificados são os mais atingidos”, refere a Organização Internacional do Trabalho ao publicar os dados mais recentes da situação do emprego na Europa.

A tendência negativa coincide com a aplicação de medidas de rigor orçamental nos países mais atingidos pelos efeitos da crise económica na Europa.

Apenas cinco países – Áustria, Alemanha, Hungria, Luxemburgo e Malta – dos 27 que integram o espaço comunitário europeu registam taxas de emprego acima dos níveis anteriores à crise.

POR outro lado, a Grécia, Chipre, Espanha e Portugal viram cair em mais de 3 % as suas taxas de emprego nos últimos anos.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho, o desemprego a longo prazo está a converter-se num problema estrutural para muitos países europeus e em 19 deles, mais de 40 % das pessoas sem trabalho são considerados desempregados de longa duração o que traduz estarem fora do mercado de trabalho mais de um ano, situação que aumenta consideravelmente a possibilidade de convulsões sociais.

Perante 26 milhões de desempregados na União Europeia, a Organização Internacional do Trabalho insiste na urgência de mudanças nas políticas de austeridade atuais por medidas focadas na criação do emprego.

Entre as propostas está a solução de problemas no sector financeiro que limitam o acesso ao crédito às pequenas e médias empresas.