in TSF
Uma das consequências do despacho assinado pelo ministro das Finanças, que impede o Estado de fazer novas despesas, será a suspensão de novas ações de formação para desempregados.
Sérgio Figueiredo, presidente da Associação de Profissionais de Educação e Formação para Adultos, afirma que «é notório que da parte do Governo a qualificação de adultos está completamente posta de parte»
Em declarações à TSF, Joaquim Dionísio, responsável na CGTP pela área da formação e emprego, diz que suspender os cursos de formação não faz qualquer sentido e avisa que este caminho é um «disparate», considerando que representa uma «política suicida».
«A maior parte dos desempregados não tem subsídio de desemprego nem sequer subsídio social de desemprego. Por outro lado há necessidade de dar aos desempregados condições para serem reintegrados no mercado de trabalho. É mais uma medida suicida do Governo que vai agravar a situação dos desempregados», considera.
O presidente da Associação de Profissionais de Educação e Formação para Adultos, também ouvido pela TSF, não esconde a preocupação.
Sérgio Rodrigues diz que o Governo abandonou a formação de adultos e quem quer melhorar os conhecimentos não tem qualquer alternativa.
A TSF falou já com o presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Octávio Félix Oliveira não quis fazer qualquer comentário sobre o despacho de Vítor Gaspar.
No ano passado também na sequência de um despacho do ministro das Finanças, os programas de formação de desempregados e jovens estiveram suspensos durante um mês.