por Dinheiro Vivo
Na Zona Euro, a indústria privada voltou ao crescimento, em julho, pela primeira vez em mais de um ano e meio.
Todavia, esta recuperação pode estar em risco pelo facto de o setor manfatureiro chinês estar em perda, segundo inquéritos, esta quarta-feira.
Enquanto que os manufatores europeus impulsionaram o setor privado de volta ao crescimento este mês, as fábricas chinesas perderam ímpeto. Esta notícia é mais um mau sinal para aqueles que se encontram expostos à segunda maior economia do mundo. "A quebra chinesa está a tornar-se mais perigosa”, disse Yasuo Yamamoto, economista sénior do Mizuho Research Institute, em Tóquio, à Reuters.
Esta quebra está a ser sentida em toda a parte: no abrandamento do crescimento das exportações japonesas, apesar do yen se encontrar mais fraco; tal como na Apple, que vê uma queda rara na procura chinesa em relação aos produtos topo de gama da marca.
Os resultados animadores dos inquéritos já referidos para a zona euro aparecem após estatísticas oficiais mostrarem que o ânimo na indústria francesa atingiu um ponto máximo em julho, em mais de um ano. Ao mesmo tempo, as vendas a retalho italianas cresceram, pela primeira vez, em 14 meses.
“Os resultados do Índice Gerente de Compras, melhor do que os esperados, apoiam fortemente a ideia de que a economia da zona euro, como um todo, está a deixar a recessão”, disse Martin van Vliet da ING, como cita a Reuters.
Ainda assim, “a recente debilidade no Índice Gerente de Compras industrial da China é uma lembrança de que uma forte recuperação das exportações da zona euro não é provável”, disse.
A economia chinesa teve um crescimento de 7,5%, no segundo trimestre do ano, o nono trimestre de resultados abaixo dos já conseguidos, confirmando o abrandamento da economia chinesa.
Os líderes chineses têm reforçado, nas últimas semanas, que a prioridade é reformar a China. Estes têm também tentado assegurar aos investidores que Pequim não vai permitir que a economia caia em demasia, segundo a Reuters.
Esta quinta-feira são esperados números que mostrem um crescimento flutuante do PIB na Grã-Bretanha e uma sucessão de boas notícias dos Estados Unidos, sugerindo que a maior economia do mundo se encontra no processo de recuperação.