24.7.13

Alojamentos alternativos sobem em flecha

Micael Pereira, in Expresso

Portugal já é o 10.º destino num 'ranking' de 192 países na maior plataforma mundial de aluguer de quartos e casas para férias e fins de semana. Reservas aumentaram 318% só nos últimos 12 meses.

Associação da Hotelaria de Portugal fala em situações "clandestinas", já que a maioria das casas não se encontra registada como alojamento local e muitos proprietários não estão a pagar impostos

Associação da Hotelaria de Portugal fala em situações "clandestinas", já que a maioria das casas não se encontra registada como alojamento local e muitos proprietários não estão a pagar impostos

Tem sido uma evolução muito rápida. As plataformas internacionais de alojamento de aluguer de quartos e casas para fins de semana e férias entraram em força em Portugal.

Só a maior dessas plataformas, o Airbnb, presente em 33 mil cidades de 192 países e com uma oferta global de 300 mil alojamentos, já conta com mais de nove mil casas disponíveis no país, enquanto a HouseTrip tem mais de oito mil e a Homelidays outras seis mil. No Airbnb, Portugal passou a ser o 10.º destino mais importante do mundo, com uma subida de 318% das reservas apenas nos últimos 12 meses.

O boom dos alojamentos alternativos online, que usa um esquema de preços praticados por noite e por hóspede como nos hotéis, está a acontecer sobretudo nas cidades, seguindo a tendência do crescimento do turismo urbano na Europa e das escapadelas de fim de semana, beneficiando do aumento dos voos low cost para Portugal (mais 448% de passageiros desembarcados em 2012 do que em 2004).

Luís Veiga, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, fala em situações "clandestinas", já que a maioria das casas inscritas nessas plataformas não se encontra registada nas câmaras municipais como alojamento local e muitos proprietários não estão a pagar impostos. Paulo Núncio, secretário de Estado dos Assuntos, adianta que as Finanças estão atentas e que houve um reforço da fiscalização nos meses de verão.